Acho realmente difícil alguém ainda não ter ouvido falar dessa neozelandesa de apenas 17 anos chamada Ella Maria Lani Yelich-O'Connor, que ganhou notoriedade com o nome de Lorde.
Mesmo quem não acompanha os charts, com certeza já deve ter ouvido Royals por aí. E pra quem ficou curioso para conhecer a dona desse talento: Farei as devidas apresentações!
Dona de traços angelicais e bem marcantes devido à herança irlandesa, Lorde descobriu seu amor pela música bem nova e com 12 anos um vídeo de uma apresentação no show de talentos da escola já estava nas mãos de seu atual representante. Possui um estilo indie/pop alternativo que mescla indie, rap, eletrônico, dark wave e pop artístico conquistando logo de cara aqueles que admiram Lana Del Rey ou Birdy (amadas), além de letras marcantes que sempre passam uma mensagem. O álbum é repleto de temas condizentes com sua idade, como medo de mudanças, de envelhecer, da fama recém adquirida e de como se divertir com os amigos.
Iniciou tudo com o EP "The Love Club", seguido por seu primeiro álbum "Pure Heroine" que foi aclamado pelos críticos obtendo notoriedade para a polêmica envolvendo uma garota tão jovem, além de ter pouquíssimos erros.
O single Royals entrou nos charts de cara e obteve a primeira colocação na Billboard, contendo um ritmo sensual e envolvente com uma letra que fala sobre a luxuria da qual muitos artistas pop desfrutam. É aquela música que fica na cabeça e você passa horas cantando pela casa!
Lorde traz muita crítica social e defesa à autonomia feminina, principalmente sobre os relacionamentos. O "feminismo" ao qual vem sendo caracterizada a fez uma mulher forte e determinada, mesmo sem mascarar suas falhas e imperfeições.
Pure Heroine abre com “Tennis Court”, onde Lorde se mostra muito confiante. Ótima introdução, letra leve e pegajosa com um clipe super bacana! Logo depois vem "400 Lux" que tem uma melodia ousada e fica repetindo aquele som dos pernilongos, no fim acaba se tornando divertida. A terceira é "Royals" e depois vem "Ribs" falando sobre os problemas de crescer com maturidade, num início bem longo e sem voz, tendo melhora logo depois que Lorde entra em cena. (“this dream isn't feeling sweet, we're reeling through the midnight streets and I've never felt more alone, it feels so scary getting old…”).
“Buzzcut Season” lembra algo tropical sem fugir do hype das letras. "Team" é melódica e sombria, tendo alguma influência de hip-hop (“I'm kind of over getting told to throw my hands up in the air”). "Glory and Gore" fala sobre a violência atual e traz um rap leve e dinâmico, além de "Still Sane" que traz uma composição lenta e consistente.
"White Teeth Teens" nos lembra diversão e jovialidade, mostrando uma jovem que sabe ser adolescente e divertida. Sem dúvidas, essa é uma das melhores faixas! Encerrando a obra, vem "A World Alone" que é a cara da "música da madrugada", fechando com uma animação quase não vista no álbum.
Ao fim o álbum todo é bem equilibrado e faz com que consigamos escutá-lo um dia inteiro sem enjoar.
Mas não é só de talento que Lorde é feita! Recentemente a cantora entrou nas manchetes quando alfinetou grandes artistas como Selena Gomez, Lana Del Rey e Taylor Swift por "não defenderem o feminismo". Muitos acreditam que essa não seja das melhores atitudes para uma cantora que ainda não possui uma base suficientemente grande para consolidá-la no mercado, outros acreditam que esse seja só mais um tempero nessa ótima mistura.
Também não podemos esquecer que Avril Lavigne seguia num mesmo ritmo de "coloco a boca no trombone mesmo" e atualmente veja onde está... A canadense que nunca cresce. Eu, particularmente, acho a Avril super chatinha.
De primeira achei um tanto quanto arrogante os comentários e a vi como mais uma dessas "cults" que estão a fim de ir contra todas as "ideologias da sociedade" só porque não querem ser "modismo". Vamos combinar, não precisamos ser todos iguais mas também não precisamos passar dos limites e desrespeitar os gostos alheios, não é mesmo?
Sem dúvida Lorde já se tornou uma das grandes revelações de 2013 e espero que tenha um futuro brilhante no mercado fonográfico.
“We live in cities you’ll never see on screen, not very pretty but we sure know how to run things”
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