Ele tirou tudo. A esperança, a inocência e o brilho dos olhos que faiscavam vida. A queimou por dentro como um fósforo voraz em busca de mais chama. Não sobrou sequer um frágil sorriso para contar quem havia sido. Nada. Ele sugou até a ultima gota de felicidade, depois se virou e foi embora. Ela ficou se lamentando por ter acreditado tão fielmente em alguém. Sofrendo, esparramando rios de lagrimas silenciosas todas as noites. Jurando que se colasse novamente seu coração, não amaria nunca mais. Mas todos sabem que a historia se repete. Não seria a primeira garota a se queimar por dentro, não seria a ultima. É como um ciclo vicioso em que os sentimentos te obrigam a acreditar, a se jogar fundo e afundar. Às vezes, consegue sair imune de tudo, outras acaba como ela, totalmente morta por dentro. Por segundos, por meses, por anos. Até alguém chegar e ser capaz de revivê-la. De trazer uma felicidade maior que a dor que reina. Até claro, aquele momento em que também vai embora, a deixando com a alma quebrada e com mares de lagrimas salgadas contendo socorro. Ela não é primeira do ciclo, não é a ultima.
10
dez
Texto da Semana
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